A carta que nunca te escrevi.

Já passou tempo suficiente. Eu sei. Serei forte ao ponto de te esquecer. Ajudaste-me a superar os meus problemas no princípio da nossa amizade, ajudaste-me a erguer a cabeça e seguir em frente.

 Enquanto namoramos, foste o melhor namorado do mundo.

Pronto, também não exageremos, mas devo-te muito pelos momentos felizes, que juntos, alcançamos.

Passeios, sorrisos, abraços, beijos, carícias, em tua casa, no parque... De tudo um pouco, marcou-me.
O que me resta de ti, são apenas as lembrancas de um passado; as fotos que juntos tiramos. Já nem amizade sinto por ti. Nem sei como chegaste ao ponto de me tratar como "melhor amiga", ao ponto de dizeres que nunca tinhas conhecido uma rapariga como eu e que me adoravas. É mesmo conversa de engate, e eu mais tola, cai na tentação de me reapaixonar por ti, sabendo, que não teria feito nenhum. Acabaste por te aproveitar mais um pouco enquanto tiveste novamente solteiro,  durante as festas.
Apartir do momento que acabaste comigo, que se intrometeram no nosso namoro, deveria ter-te esquecido automaticamente, mas se isso fosse tão fácil, como pôr um papel no lixo, já o teria feito, mas não guardo rancor a ninguém, cada um toma as suas próprias decisões, e se estás feliz, também estou, apesar de por vezes, alguma lágrima, escorrer-me pelo rosto.
Á única coisa que ainda guardo de ti, são as fotos e algumas das mensagens que me marcaram. Já nem o teu número tenho, nem faço questão de voltar a tê-lo, desde que não mandes sms's para mim, não teremos nenhuma forma de nos contactar e agradecia-te por tal acto. Não voltes novamente. Respeita-me e desaparece de uma vez.
Não voltes com a mesma conversa: que tens saudades de estar comigo; que me adoras; que gostaste dos passeios; que faço falta a qualquer pessoa; que adoras tudo em mim; que não me voltes a chamar de "Chinha"; que não me convides para passear à noite; não te auto-convides para vir ter comigo; QUE não digas que os nossos momentos foram únicos!

Doi cada momento que passa, cada minuto, ou mesmo, cada segundo.
Doi cada vez que mencionam o teu nome ou algo do mesmo género.
Já sabem que de ti não quero ouvir mais nada, mas é sempre a mim que me perguntam as coisas.
"Quem é que mandou-te uma mensagem? Foi ele?" ou "Sabes onde está o ...?"É frustrante esta situação.
É quase todos os dias a mesma coisa.
Acabou-se.
Possivelmente, ficaram coisas por se dizer, mas como não me recordo de mais nada de momento, assim fica. Acabo esta carta, como também espero, que acabem os meus pensamentos. Quero que tudo fique aqui. Tudo e o nada.

Esta é a última carta que escrevo para ti e sobre ti.